A polêmica votação sobre o aumento salarial dos vereadores de Guaratuba foi realizada às 10 horas manhã desta quarta-feira. O reajuste de 11,79% foi aprovado. Segundo o presidente da Câmara de Vereadores da cidade, Paulo Éder Araújo (PSC-PR), não se trata de um aumento real no sálario. “O valor representa apenas a reposição da inflação e há legalidade na questão”,diz. A advogada Siliva Helena Buchalla contesta o vereador. “O fato dos próprios vereadores legislarem em benefício próprio votando o aumento do próprio salário é no mínimo imoral”, afirma.

Agressão

O jornalista Gustavo Aquino, do Correio do Litoral, foi agredido nesta segunda-feira por Araújo após a sessão plenária. A confusão começou quando o jornalista questionou Araújo sobre um projeto que prevê o reajuste de 11,79% para os vereadores.

De acordo com a advogada Silvia Helena Buchalla, que estava no local, o presidente da Câmara puxou o jornalista pelo braço, o arrastou pelo corredor e pediu para que os funcionários o retirassem do local. “Achei a atitude deste vereador deplorável. Absurdo maior ainda é o fato dos vereadores votarem o seu próprio reajuste”, diz.

Para o jornalista Gustavo Aquino, o presidente da Câmara leu o parecer da resolução de forma muito rápida e ninguém entendeu o que estava sendo tramitado. “Eu apenas perguntei a ele o que havia sido votado. Queria saber se era o projeto que aumentava o salário dos vereadores. Nisso, ele me agarrou pelo braço e apertou forte. Me expulsou da Câmara e disse que iria me prender. Isso é um atentado contra a liberdade de imprensa”, lamenta.

O vereador nega ter agredido o jornalista. “Eu não agredi ninguém. O jornalista tentou invadir o plenário e eu pedi para que ele se retirasse. Foi isso que aconteceu. Hoje eu fui até a delegacia da cidade e registrei um termo circustanciado pela invasão ao plenário”, diz Araujo.

O vereador Ilson Rhoden(PR-PR), explicou que a votação de segunda-feira(17), data em que houve a confusão, foi sobre a legalidade da proposta do aumento salarial emitida pela Comissão de Justiça da Casa.

Fonte: Gazeta do Povo.

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